Sistema eleitoral do Brasil é o pior do mundo, diz Serra

Sistema eleitoral do Brasil é o pior do mundo, diz Serra


Do UOL Eleições

De São Paulo

O presidenciável José Serra (PSDB) disse nesta nesta sexta-feira (14), em entrevista à Super Rádio Tupi do Rio de Janeiro, que "o sistema eleitoral brasileiro é o pior do mundo" e defendeu a reforma política no país. Ele ainda classificou de "completamente absurda" a ideia de acabar com os royalties para os Estados produtores de petróleo. "Eu defendi a tese de que não dava para discutir esse assunto em ano eleitoral", afirmou o ex-governador de São Paulo, ao ser questionado sobre como lidará com a discussão dos royalties do pré-sal caso saia vencedor da corrida eleitoral neste ano.



Anistia



Ao ser perguntado se alteraria a Lei de Anistia, que isentou de punição os agentes públicos envolvidos em crimes cometidos a serviço da ditadura militar (1964-1985), o tucano afirmou: "deve se saber tudo que foi feito, agora, do ponto de vista jurídico, o Supremo Tribunal Federal já resolveu, e com apoio do governo Lula".



O pré-candidato disse que, se eleito, manteria a parceria entre o governo federal e o governo do Rio de Janeiro. "Trabalharia muito bem com o atual prefeito [Eduardo Paes, do PMDB] e o atual governador [Sérgio Cabral, do PMDB]", garantiu. "Eu trabalho no governo olhando para o povo, não para camisa partidária. Camisa de futebol eu até dou uma olhada para conferir, mas sem implicações", brincou.



Ex-ministro da Saúde, Serra voltou a reiterar a necessidade de diminuição de gastos estatais. "O governo tem que gastar menos com manutenção da máquina e mais em obras para o povo. Tem que diminuir o empreguismo e prestigiar os concursos, quando for o caso", defendeu. "O Estado está todo loteado [de indicações políticas], isso tem que acabar", afirmou.



Mais uma vez, Serra buscou ligar sua imagem a do presidente Lula (PT). "Pessoalmente eu me dou muito bem com ele (...) Agora, o presidente não é candidato; eu não tenho que debater com ele, eu tenho que debater com quem quer sucedê-lo", disse, sem citar sua concorrente na disputa pelo Palácio do Planalto, a petista e ex-ministra da Casa Civil Dilma Rousseff.